O velório do Papa Francisco, falecido na última segunda-feira (21), tem mobilizado uma impressionante corrente de fé e devoção no coração da Igreja Católica. Desde a abertura da Basílica de São Pedro para as despedidas públicas, mais de 61 mil pessoas já prestaram suas últimas homenagens ao pontífice argentino.
A intensa movimentação de fiéis, com filas que chegam a ultrapassar dois quilômetros, levou o Vaticano a estender o horário de visitação. A basílica está sendo mantida aberta durante toda a noite, com breves pausas apenas para limpeza e manutenção, numa tentativa de acomodar todos os que desejam se despedir.
Peregrinos de várias partes do mundo — entre religiosos, turistas e moradores locais — têm enfrentado longas horas de espera sob o céu de Roma. Muitos trazem flores, rezam em silêncio ou apenas contemplam, emocionados, o caixão disposto diante do altar principal.
Francisco, o primeiro Papa latino-americano da história, deixa um legado marcado por mensagens de inclusão, diálogo inter-religioso e defesa dos pobres. Sua morte provocou comoção global e a expectativa é que o número de visitantes continue crescendo até o funeral, marcado para o próximo sábado (26), cerimônia que deve reunir centenas de milhares de pessoas.
As autoridades locais e o Vaticano reforçaram a segurança e a estrutura para acolher os fiéis, numa operação que relembra a despedida de João Paulo II, em 2005, considerada uma das maiores da história da Igreja.
Enquanto isso, o mundo católico acompanha, em clima de luto e reverência, o adeus ao Papa que marcou seu tempo com gestos de humildade e proximidade com o povo.