A Polícia Federal (PF) está investigando se três empresários presos nesta terça-feira (20/5) no Aeroporto Internacional de Brasília, com mais de R$ 1,2 milhão em dinheiro vivo, teriam viajado à capital federal para realizar transações suspeitas ou efetuar pagamentos indevidos a agentes públicos.

Os detidos são oriundos de Manaus (AM) e alegaram que estavam a caminho de Goiás para adquirir materiais para suas empresas. Segundo eles, as empresas atuam na celebração de contratos públicos com diversos municípios. No entanto, as investigações iniciais indicam que essas empresas podem ser apenas de fachada, criadas para simular legalidade e, possivelmente, firmar contratos fraudulentos com prefeituras.

A presença do grupo em Brasília despertou maior atenção da PF por coincidir com a realização da Marcha em Favor dos Municípios, evento que reúne servidores públicos de várias regiões do país, incluindo do Amazonas. Segundo apuração, não está descartada a possibilidade de que os suspeitos estivessem na cidade para tentar realizar pagamentos ilícitos a agentes políticos ou representantes municipais durante o encontro.

De acordo com a Polícia Federal, o crime de lavagem de dinheiro é considerado de natureza permanente e pode resultar em penas de até 10 anos de prisão. Além da origem suspeita dos valores apreendidos, as autoridades também investigam o possível destino do dinheiro e a eventual participação de outros empresários ou servidores públicos no esquema.

As apurações apontam ainda que os três empresários são sócios de empresas com atividades bastante amplas declaradas, mas já foram identificadas inconsistências que reforçam a suspeita de que se tratem de organizações fictícias.

Após o flagrante e os trâmites legais, os suspeitos foram encaminhados à Justiça do Distrito Federal, onde permanecerão à disposição enquanto as investigações prosseguem.

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